A água é um recurso natural cada vez mais escasso, sendo incontestável a necessidade de se planear conscientemente a sua utilização, por forma a evitar limitações económicas e sociais, devido à sua insuficiência qualitativa e quantitativa.
A AJAP esteve presente numa sessão de esclarecimento sobre a água, saneamento e desenvolvimento sustentável, que contou com a atual Presidente do Conselho de Administração da “Sanitation and Water for All” (SWA – Água e Saneamento para todos), Catarina Albuquerque, como oradora. Esta organização é uma parceria de governos e seus análogos de desenvolvimento, incluindo a sociedade civil, o setor privado e organismos da ONU, com objetivos de estimular o diálogo político, coordenar e monitorar o progresso em direção às metas de saneamento, água e higiene dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“O direito à água e ao saneamento foram reconhecidos apenas em 2010, ou seja, são fatores que são imprescindíveis ao pleno gozo de uma vida digna e de todos os direitos humanos”, como explicou Catarina Albuquerque, que este foi o mote para incluir a água e o saneamento nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Mesmo tratando-se de um direito, o percurso tem sido atribulado, colocando os Governos a trabalhar de forma progressiva, dentro dos recursos disponíveis, para a sua execução, sendo que a implementação dos ideais de desenvolvimento sustentável apenas será possível através da mudança de conceção de desenvolvimento de cada país.
“As obrigações jurídicas nesta matéria são do governo a nível nacional, mas obviamente que os governos não podem, nem devem fazer tudo sozinhos. Devem estar ao volante dos destinos do país, mas devem poder contar com o apoio de instituições de cooperação, ou agências das Nações Unidas, entre outras”, esclareceu a Presidente do Conselho de Administração da SWA, reiterando também que o papel desta organização é justamente de auxiliar e fazer a ponte com o diálogo governamental.
Atualmente o desafio ainda é colossal, pois, em conformidade com os ODS, se se pretender conseguir a disponibilidade e sustentabilidade de água potável e esgotos sanitários para todos, também se terá que garantir os recursos à fatia da população mundial que não tem possibilidade de financiar os custos desses serviços. Esta situação é particularmente delicada, já que existe uma mercantilização dos recursos e serviços relacionados com a água, que permite o controle dos mesmos por empresas privadas.
Catarina Albuquerque não só abordou a problemática social, mas também ambiental, já que o tema da água e da própria sustentabilidade é um ciclo com falta de alicerces. Os processos antrópicos (ações resultantes da ação humana) como a poluição dos “corpos” de água, são um problema que também exigem medidas coesas e soluções.
É premente criar um planeamento global a longo prazo, que insira nas políticas públicas a universalização dos serviços essenciais, assentes no princípio da igualdade.
Desde que foi criada em 2005 a parceria Estratégica Global, Portugal e China têm vindo a construir os alicerces, que demonstram atualmente a solidez das suas relações bilaterais. No decorrer destes anos envidaram-se um conjunto de esforços, dinâmicas e conteúdos reforçados no que concerne ao diálogo político, às relações económicas e culturais, estreitando-se os níveis de cooperação.
As empresas portuguesas têm-se assumido como parcerias úteis para empreendedores chineses. Acompanhando esta ótica, dos novos mercados, dos novos investidores e de novas parcerias, com vista à concretização de negócios, e como exemplo de quem segue os caminhos estratégicos e profícuos, a AJAP coorganizou e acompanhou uma visita de jovens agricultores chineses a algumas explorações agrícolas portuguesas.
Os jovens agricultores, provenientes de diversas províncias da China, ingressaram nesta viagem a partir de um intercâmbio comunitário, da responsabilidade da Comunidade Europeia, tendo a oportunidade de conhecer diferentes realidades agrícolas em dissemelhantes geografias. A visita, que teve a duração de quatro dias, contemplou explorações de espargos, de arroz, de bovinos, de vinhos, de pera rocha, de hortícolas em hidroponia e de figos da índia, despertando o acentuado interesse na forma como se por cá trabalha a agricultura.
Acolher bem possíveis investidores e mostrar Portugal como um polo de referência e um parceiro de qualidade no espaço da lusofonia é um trabalho contínuo, e se a AJAP o demonstra a partir das iniciativas que organiza, também se manifesta a partir dos eventos que frequenta. Foi o caso da 5ª Gala Portugal-China, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, onde se assinalou os 40 anos de relações diplomáticas. Um evento que contou com a presença do Embaixador da República Popular da China em Lisboa, Cai Run, na conferência sobre as relações bilaterais entre Portugal e China, bem como na gala que se seguiu com a entrega dos Prémios Mérito Empresarial.
O setor agrícola tem padecido de evidentes alterações ao longo dos anos. Se por um lado tem havido um crescente aparecimento de jovens agricultores e de novas culturas, por outro há manifestamente alguns desequilíbrios que ainda são necessários colmatar.
A Conferência Vida Rural com o tema “Valorizar o Interior”, que decorreu no Fundão, reuniu um conjunto de temas relacionados com desafios e oportunidades que apelam ao desenvolvimento da faixa interior do país. Uma discussão em torno da revitalização dos espaços rurais, de medidas para cativar jovens agricultores a instalarem-se no interior do país, da organização e da comercialização.
As regiões do interior de Portugal necessitam de ser valorizadas, a partir de medidas, de políticas e de esforços capazes de suprimir as dificuldades existentes, de forma a catalisar movimentação de massas para essas zonas e a implementação de mais agricultura. Este apelo (da revitalização do interior), cada vez mais invocado, denuncia a falta agravada de escalões mais jovens, do aumento da população envelhecida e de desemprego acentuado, o que se reflete no risco de abandono de zonas com um enorme potencial, se aproveitadas.
O Diretor Geral da AJAP, Firmino Cordeiro, foi um dos oradores da Conferência, tendo também sublinhado a importância e a necessidade da existência de mais regadios em Portugal, que não só ajudam a rentabilizar a agricultura, como também a contrariar a desertificação do interior do país. Neste contexto, vários oradores apelaram à concretização do projeto do Regadio a Sul da Gardunha, que há muito é reivindicado pela Câmara do Fundão e por produtores locais.
A agricultura pode ter um papel preponderante no desenvolvimento do interior do país, mas há que criar políticas territoriais, que consigam limar os problemas existentes. “Novos projetos têm surgido, muitos instalados no interior do país. Temos que continuar a apostar na instalação de Jovens Agricultores, de forma consistente e percecionada em toda a sua dimensão, ou seja, devemos encarar este investimento como integrado numa estratégia mais abrangente e complementar do desenvolvimento regional e nacional. Fixar jovens no interior do país é um contributo para a minimização do preocupante fenómeno de desertificação, para a sustentabilidade e coesão das áreas rurais”, defende o Diretor Geral da AJAP.
A Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) defendeu hoje que são necessários mais regadios em Portugal para ajudar a rentabilizar a agriculta e contrariar a desertificação do interior, replicando projetos como o Alqueva ou de menor dimensão.
Temos de replicar mais 'Alquevas' pelo país, ou 'mini-Alquevas' em certas regiões, de forma a que possamos ter mais água. Se tivermos mais água, mais rentável tornamos a nossa agricultura e mais facilmente contrariamos o abandono e a desertificação do interior", afirmou o diretor-geral da AJAP, Firmino Cordeiro, em declarações à agência Lusa. O responsável falava à margem a conferência "Valorizar o Interior", que está hoje a decorrer no Fundão, distrito de Castelo Branco, numa iniciativa organizada pela revista "Vida Rural" em colaboração com a autarquia fundanense. Frisando a importância da água na agricultura, Firmino Cordeiro subscreveu o apelo que já tinha sido deixado por outros oradores relativo à necessidade de se concretizar o projeto do Regadio a Sul da Gardunha, que há muito é reivindicado por produtores locais e pela Câmara do Fundão.
Segundo referiu, a agricultura está com um maior dinamismo e tem cativado novos agricultores de várias áreas de formação, o que comprova que as potencialidades do país não se resumem ao setor do turismo. "Somos um país de turismo, óbvio, mas somos um país de floresta e também um país agrícola, com solos únicos e com características endafo-climáticas únicas", acrescentou o dirigente desta organização que agrega 13 mil associados, entre jovens agricultores e agricultores membros.
Firmino Cordeiro esclareceu ainda que entre os novos projetos que têm surgido, a maioria estão instalados no interior do país, nomeadamente na Cova da Beira, região em que decorreu a conferência e em Trás-os-Montes. Presente nesta iniciativa, a ex-coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, Helena Freitas, frisou a importância que a agricultura pode ter no desenvolvimento do interior do país e salientou que são precisas "políticas territoriais" para colmatar os problemas existentes.
"O problema do país não é demográfico. O problema do país é a falta de políticas territoriais. Se tivermos políticas territoriais, seguramente resolvemos os problemas que estão a jusante", disse. Docente e investigadora na Universidade de Coimbra, Helena Freitas anunciou que a sua equipa está a desenvolver um projeto denominado "Cultivar" que visa criar uma rede de competência que permita uma maior valorização dos recursos endógenos.
Reiterou que o conhecimento, a ciência, a tecnologia e os sistemas de organização de produtores são vitais para criar uma agricultura mais competitiva, isto sem esquecer a denominada "agricultura familiar" e o papel que esta componente desempenha em termos produtivos.
A Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição “Estratégia Portugal 2030”, promoveu com a colaboração da Universidade de Évora, uma audição pública dedicada ao tema “Desenvolvimento Sustentável”, no passado dia 9 de outubro.
A audição contou com a participação de diversas instituições e representantes de empresas agrícolas profissionais, incluindo a AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, representada pelo Diretor Geral, Firmino Cordeiro, orador no primeiro painel.
Sob o tema Desenvolvimento Sustentável, e compreendendo diversos subtemas da política agrícola, o desenvolvimento rural e florestas, mar e pescas, demografia, ambiente e alterações climáticas, e modernização da administração, os representantes das entidades presentes, tiveram a oportunidade de expor ideias e apresentar moções à Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da Estratégia Portugal 2030, presidida pelo deputado João Paulo Correia.
Um dos enfoques residiu na temática da desertificação, problemática que assola em dimensões elevadas várias regiões do país, com particular incidência na faixa interior. A AJAP, convicta de que Portugal necessita de um espaço Rural mais dinâmico, mais desenvolvido, mais empreendedor, mais jovem, com maior sustentabilidade e preservação dos recursos, relembrou o papel preponderante que a Figura do Jovem Empresário Rural pode vir a ter nestas áreas.
Urge rejuvenescer o tecido agrícola nacional, é nos Jovens, que hoje estão cada vez mais, dotados de formação e informação, mais conhecedores de realidades dissemelhantes e de novas tecnologias, que pode residir maior expectativa de investimento no Espaço Rural. O conceito de Jovem Empresário Rural associado aos Jovens Agricultores é seguramente um instrumento preponderante que trará um impacto positivo a estes territórios, nomeadamente ao nível da dinamização económica, demográfica, inovação e criação de emprego, fatores extremamente relevantes para uma maior coesão territorial, através de investimentos multifuncionais associados às suas atividades estruturantes, agricultura, floresta, turismo e gestão dos recursos naturais.
A AJAP deixou clarificada a sua posição nesta temática, que já vem sendo debatida em sucessivos governos, ficando a expectativa de que de uma forma integradora, o país e o governo construam uma estratégia concertada e profícua.
Organizada pelo Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau, a MIF é um dos mais empolgantes eventos internacionais anuais de economia e comércio desta Região Administrativa Especial da República Popular da China.
A 23ª edição, que decorreu de 18 a 20 de outubro, teve como tema “Cooperação – Chave para Oportunidades de Negócios”, objetivando a promoção do comércio multilateral, recursos, mercados, a economia de Macau, através da apresentação de produtos e de oportunidades de investimento dos participantes estrangeiros.
Em simultâneo decorreu a PLPEX – Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa, com o intuito de cimentar o papel de Macau enquanto plataforma de cooperação entre a China e o mundo Lusófono, estruturada em quatro espaços distintos: zona industrial, zona de produtos alimentares, zona dos setores não alimentares e zona de serviços.
A Feira Internacional de Macau é uma montra de diversas atividades, albergando exposições, conferências e bolsas de contactos que permitem a captação de parceiros estratégicos e de oportunidades de negócio. A AJAP marcou presença com um stand, dando a oportunidade aos visitantes de degustar alguns produtos tradicionais portugueses, como o azeite, o queijo e os enchidos. A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal mantém uma forte aposta em ações estruturantes relacionadas com a internacionalização, vendo nos mercados de grandes potências a oportunidade de conhecimento, partilha e estabelecimento de parcerias.
O futuro dos jovens agricultores seria mais bem-sucedido “se existisse um modelo de acompanhamento” da sua atividade, assim como “maior preocupação com os que se têm instalado recentemente” e com os que se instalaram no âmbito do PRODER, mesmo os que ainda não têm o processo encerrado.
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No passado dia 1 de março foram anunciados os grandes vencedores do Prémio Nacional de Agricultura de 2017, uma iniciativa organizada pela Cofina, em parceria com o BPI, e com o patrocínio do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.
Na cerimónia de entrega dos galardões, que decorreu no salão nobre do Hotel Ritz, em Lisboa, esteve presente o Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, que ressaltou a importância que as florestas, a agricultura e o desenvolvimento rural têm para o crescimento da economia.
A 6ª edição registou 1.268 candidaturas, contando com o apoio da PWC (auditoria, consultoria, fiscalidade) no processo de receção e análise, e dos estimados júris, dos quais a AJAP fez parte, na deliberação dos vencedores. Além dos nove laureados, em que Ricardo Machado levou o prémio “Jovem Agricultor”, com a empresa Mirtifruto pela produção de mirtilos, foram ainda atribuídas oito menções honrosas.
Para a AJAP é uma honra estar integrada no painel dos júris convidados, podendo contribuir com o seu parecer, sustentado num vasto conhecimento e profissionalismo.
Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, Menção Honrosa na categoria de Jovem Agricultor, Sofia Marques, Diretor Geral da AJAP, Firmino Cordeiro
O mês de março trouxe a EXPOJARDIM/FRUTITEC/IBEROPRAGAS à Exposalão, na Batalha. Plantas, flores, máquinas, equipamentos, soluções agrícolas, tecnologia aplicada à fruticultura e horticultura e no controlo de pragas, protagonizaram o eclético conjunto de expositores distribuídos por três salões.
A AJAP marcou presença com um stand dedicado às culturas emergentes, tema com importante foco no panorama agrícola nacional. Uma participação que trouxe não só novas oportunidades de negócio, como impulsionou o contacto com a inovação e as mais recentes dinâmicas do seio agrícola.
Nesta edição, evidenciou-se também o empenho de diversas empresas, que produzem maquinaria, em criar soluções para auxiliar os agricultores e os municípios na limpeza das florestas.
O certame que contou com mais de 20 mil visitantes, espelhando o sucesso de mais uma edição, prepara-se para mudar o espaço físico em 2019, sendo a FIL (Feira Internacional de Lisboa) o palco escolhido para novas demonstrações.
Numa era em que a abordagem à internacionalização é uma constante, procuram-se oportunidades consideráveis de acesso ao mercado e de trocas comerciais vantajosas. Importa difundir, destacar e valorizar o que Portugal tem de melhor, tanto em diversidade como em qualidade, sendo também nesse sentido que a Associação dos Jovens Agricultores de Portugal tem vindo a trabalhar e a destacar-se.
Portugal tem vindo a reafirmar a sua vocação atlântica como estratégia importante de posicionamento, não só perante os parceiros europeus, como também tem gerado um crescente interesse pela América Latina em geral e pelo Brasil em Particular. Isto, reflete-se em matéria de importação e exportação, e consequentemente na ascensão e reconhecimento institucional da Marca Portugal.
A AJAP, cumprindo as metas da internacionalização, esteve presente no maior evento do setor alimentar do Brasil, a Super Rio Expofood, que teve lugar no Rio de Janeiro nos dias 20, 21 e 22 de março, dando a conhecer a qualidade dos produtos tradicionais portugueses produzidos por Jovens Agricultores e Jovens Empresários Rurais. Queijos, enchidos, presunto e azeite foram o prato forte de degustação em terras de samba, suscitando um forte interesse e uma positiva afluência ao stand da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal.
Um super evento, que ficou completo com a realização do Fórum Qualidade e Competitividade Agroalimentar (organização da AJAP e coorganização da Câmara Portuguesa do Comércio e Indústria do Rio de Janeiro). Uma iniciativa enquadrada na Campanha Portugal Gourmet, no âmbito da cooperação e da internacionalização, que possibilitou a reflexão e o debate em torno do setor agroalimentar, na voz de diversas personalidades portuguesas e brasileiras especialistas na área, bem como a degustação, que teve lugar na Super Rio Expofood, dos apreciados produtos lusos. Um projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020, que tem como objetivo melhorar a competitividade nacional e a internacionalização da economia portuguesa, mobilizando e potenciando recursos e competências.
O êxito conquistou-se e trouxe novas parcerias e um leque de contactos auspiciosos.
Dr. Paulo Ramalho, Eng.º Carlos Duarte, Eng.º Manuel Castro e Brito, Eng.º Firmino Cordeiro, Cônsul Jaime Leitão, Dr. Arlindo Varela na Super Rio ExpoFood
Stand da AJAP na Super Rio ExpoFood
Dr. Paulo Ramalho, Dr. Arthur Pimentel, Eng.ª Marly Galvão, Dr. Hélder Coimbra, Dr.ª Isabel Martins, Dr. Amândio Santos, Eng.º Firmino Cordeiro